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Publicado  domingo, 19 de setembro de 2010

A gente só faz 18 uma vez na vida.
Todos me disseram o mesmo:
"Fazer 18 anos não muda nada na sua vida."
É, não mudou muita coisa. Agora posso comprar álcool, cigarro, entrar na balada... Coisas tão, hum, indiferentes. Eu podia fazer tudo isso antes também (mesmo que pra isso eu tivesse de fazer um RG no Photoshop).
O engraçado é que eu continuo cheia de responsabilidades. Continuo tendo de acordar às 7h todo dia, pegar o mesmo trânsito, estudar, passar em casa só para almoçar e ir trabalhar... E no meu trabalho então? Tantas responsabilidades, tantas coisas pendentes, tanta gente me cobrando... Meu chefe pedindo certas coisas, minha chefe me dando tarefas... Difícil.
E aí chega o sábado e estou tão cansada que acabo faltando no treino de jiu-jitsu e aí sou cobrada pelo professor: "Por que você faltou? Quero ver você aqui."
E o pior é que minha vida tem sido assim há tanto tempo.
Eu sempre estive a frente do meu tempo.
Comecei a namorar com 13 anos, trabalhar aos 16 anos... Comecei a faculdade aos 17 anos. E, ah, sim, eu que pago a minha faculdade, eu que pago tudo o que eu consumo. Sai tudo do meu bolso. Aí você me pergunta se sobra alguma coisa por mês e, meu caro, não sobra, às vezes falta e eu tenho de me virar. Sem contar que no ano passado passei por uma cirurgia de grande porte... Ah, hoje eu carrego uma cicatriz. Graças a essa cicatriz lembro todos os dias de como foi o meu ano de 2009... Talvez o pior da minha vida. E inacreditavelmente encarei isso de forma tranquila. Após minha operação sabe o que eu pensava? Que aquilo marcava uma nova época da minha vida.
Incrível como eu sou racional, sou madura... Sou mulher. E isso não mudou porque eu fiz 18 anos, isso sempre foi assim. Cresci rápido demais, sou independente demais.
Eu queria ser imatura, ser infantil. Queria viver num mundo ilusório. Juro.
Quando eu era inocente, era tudo muito mais simples.
Admito que estou feliz de ter 18 anos, mas eu só queria que as coisas viessem um pouco devagar. É muita pressão e eu vou continuar sendo a Hellen de sempre, encarando os problemas, fingindo estar bem mesmo desmoronando e o melhor de tudo... Vou ser feliz desse mesmo jeitinho.
A única coisa que falta para marcar isso (porque sim, eu quero marcar essa época louca da minha vida) é a minha tatuagem de "!". Pois é, existe símbolo melhor para marcar isso do que uma exclamação? O que falta para que isso seja feito? Tempo e dinheiro.
Mas, vamos embora porque o tempo não para e logo, logo a segunda-feira vem aí!

3 comentários:

Anônimo disse...

Que egocêntrica, toda cheia de si e se achando uma pessoa póstuma! Você não tem que provar nada a ninguém além de você mesma!

Hell disse...

Wagner, você é um amor!

Anônimo disse...

Imagine-se voltando ao seu tempo de inocência agora.
Acha que conseguiria ser feliz agora que já sabe como a vida funciona em suas vertenteS?
Me identifiquei muito com você. =)